Ali esses seres cresceram sob o poder pavoroso se multiplicando de uma forma exagerada, e suas mentes eram envenenadas, eram ardilosos e sagazes possuindo um terrível desejo por destruição e morte. De baixo dessas montanhas estavam Orcs, Goblins e Hobgoblins que desgarrados da força
principal de Morcul se perderam nos caminhos tortuosos de Gorgoroth. E na escuridão, impregnados das forças malignas que assombravam aquela região, se tornaram extremamente numerosos e mais horrendos e fortes que qualquer outro de suas raças.
principal de Morcul se perderam nos caminhos tortuosos de Gorgoroth. E na escuridão, impregnados das forças malignas que assombravam aquela região, se tornaram extremamente numerosos e mais horrendos e fortes que qualquer outro de suas raças.
Unidos com muito orgulho e arrogância, reuniram e preparam forças, avançaram para os Vales de Gorgoroth atravessando o Rio Divisa, destruindo vilarejos e cidades pequenas. Assim tomaram mais armas e seguiram como um enxame nas florestas, mesmo os Entes não puderam causar danos em todas as tropas. E os seres malignos espalharam morte, fogo e profanaram rios e plantas.
Thúrin o Senhor Supremo dos Anãos Lestes, sabendo da aproximação da força bestial preparou suas forças e reuniu um exercito anão tão grande e poderoso tal qual nunca mais seria visto. E avançando para as bases Leste das Ered Lammoth preparam uma grande defesa liderada por Thúrin e seus Irmãos Thurambar e Mormegil. Seus elmos eram dourados, suas lanças e marchados afiados como vorpols, e os reis dos anões trajavam um armadura de uma prata brilhante e bela como a lua, e nelas estavam engastadas jóias caríssimas e raras. Grande poder arcano foi investido naquelas armaduras.
Mas o exercito liderado pelos orcs com seus hobgoblins e goblins era duas vezes maior que o dos anões, e a magia negra que residia em seus espíritos os deixavam tão malignos que não se intimidaram com o brilho refletido das armas anãs e sem medo avançaram contra os anões nas bases das Ered Lammoth, e assim iniciou a Batalha Monstruosa que ainda é cantada em versos.
A batalha durou quatro dias e nenhuma das tropas recuou por momento algum, pois os orcs não cuidavam de seus feridos e nem reagrupava, mas atacavam com uma fúria demoníaca sem parar, obrigando os Anões que fizessem o mesmo. E Thúrin esteve em batalha em todo o tempo que ela durou, seus irmãos em alguns momentos recuavam e tentavam tratar o que eles podiam, enquanto Thúrin segurava os monstros na retaguarda.
Assim, com bravura e fúria, os anões derrotaram toda aquela horda maligna, mas tiveram muitas perdas, e Mormegil perdeu sua mão direita para um capitão das bestas. Thúrin, quando acabou a batalha, caiu desmaiado e atormentado pelo cansaço e horror da guerra amaldiçoada, fruto das bruxarias dos Sombrios, e ficou inconsciente e doente por muitos dias, pois dos orcs e hobgoblins emanava um poder doentio e amargo que infestava e infectava. E muitos hoje desconfiam que essa batalha foi um plano armado pelos Senhores de Morcul.
Quando despertou, Thúrin retornou a seu trono cheio de honra e muitos povos vieram até ele para festejar e homenageá-lo por seus feitos. Porém, o Rei dos Anões foi tomado por uma doença que vive no centro do poder de Morcul, o orgulho e a arrogância que guiaram as bestas dos abismos de Gorgoroth.
Nesse tempo seu ouro e ganância cresceram por demais, e o rei voltou seus olhos para um lugar nas montanhas que todas as raças temiam sequer pronunciar seu nome, atraído pelas riquezas e minérios que ali existiam. Pois depois da guerra acreditava ser não só o maior entre os Naugrin, os anões, mas também ser o maior de todos os Senhores do Continente, e se sentiu imbatível, seja que força ele tivesse de enfrentar.
Ora, as Ered Lammoth eram as montanhas que vinham dos litorais centrais no extremo Oeste do Mundo, onde ficava o Reino de Dirnem, rei supremo dos anões do Oeste, e seguia fazendo uma curva para o Norte, entrando na região das Grandes Florestas, se findando em seus três últimos grandes Picos, onde estavam os misteriosos Salões de Gaurgrod. Mas essas três montanhas nos limites das Lammoth não eram os maiores Picos daquela cordilheira, porque acima delas estavam as Thangor, três picos que se erguiam separadamente de uma única base, atingindo os céus como torres construídas pelos deuses.
Enviado por Asmodeus nos tempos de sua guerra contra as divindades benignas, o diabo fugiu da fúria dos deuses na primeira era do mundo. Seu nome era Gorthmog, e se apaixonou pela grandeza da montanha e suas três torres de pedra que se erguiam nos céus, e possuiu suas cavernas que eram mais ricas que qualquer outra em todo Dagor, e lá enganado por sua cobiça foi condenado pelos deuses a adormecer por infinitos anos, e seu espírito vagar preso a montanha.
A montanha era rica, seus minérios apareciam nas beiradas e muitos desejavam aquele tesouro, mas temiam os mitos de Gorthmog e seu que espírito assombrava aquela região. O diabo lançou sobre tudo que era de valor sob a montanha um feitiço de condenação e insanidade, opressão e decadência, morte e tristeza.
Mas Thúrin ignorou os alertas de seus irmãos e seguindo sozinho com seus homens foi até as Thangor e inicio mineração nas cavernas. E muitos tesouros extraíram de lá, mas os males e o espírito do Dragão logo começaram a apresentar-se na vida dos anões. Thúrin em muitos momentos enfrentou o próprio espírito do diabo, lutando contra ele com fortes palavras de poder, tentando expulsar o espírito da montanha. Revoltado, o rei anão investiu com milhares de seu povo nas profundezas das Thangorodrim, buscando ainda mais ouro, atraindo a ira do espírito que ali vagava.
E planejava encontrar o corpo adormecido de Gorthmog com o objetivo de destrui-lo e trazer a cabeça do Dragão como troféu para seu reino e arrancar a força seu espírito de lá. Mas o anão não entendia com que força ele estava se metendo, pois Gorthmog já foi um senhor dos nove infernos e ali na caverna existiam outros espíritos sob seu comando.
Os anões cavaram muito fundo alcançando as profundezas do mundo aonde o Dragão se deitou sobre uma pedra gigantesca de diamante, e depois caiu em seu sono milenar. De lá demônios subiram contra os anões e Thúrin mais uma vez chamou seu exercito, mas seus irmãos se demoraram a chegar. Thúrin enfrentou e barrou as forças demoníacas nas cavernas e lá enfrentou o próprio Gorthmog, que conseguiu materializar seu espírito em uma forma mais decrepita de seu verdadeiro corpo
Iniciando uma batalha de espadas e palavras, o Anão e o diabo se enfrentaram. O Rei Anão brandia um martelo feito de uma pedra sagrada, e o choque de sua arma contra as Seregor, a laminas de Gorthmog, causava uma explosão de luz e fumaça negra. E a cada golpe desferido Thúrin urrava palavras mágicas de seu povo, em nome de seu deus, e Gorthmog desferia maldições e pragas.
E o choque de suar armas e laminas ecoava por toda a caverna indo até os vales das Thangor, muitos ouviam a batalha de longe na floresta. Pois além das explosões das armas a montanha tremia. E isso provocou um terrível desabamento. Os diabos de Gorthmog fugiram para o abismo nas profundezas, e os guerreiros e mineradores de Thúrin correram para fora da montanha. Thúrin lutou contra o Dragão até que feriu seu espírito, e este também fugiu. Mas o rei anão morreu ali, soterrado sob a montanha. E dizem que seu espírito hoje habita os vales da montanha, vigiando para os deuses, a prisão de Gorthmog.
A dor pela morte de Thúrin foi grande de mais e seus filhos se negaram a subir ao trono, o povo não queria outro rei pois muito amavam seu falecido senhor. E a família de Thúrin deixou as montanhas seguindo para o Sul para morar perto do reino Anão daquela região. E Thurambar assumiu a regência do reino de Thúrin, mas não existiu mais um senhor supremo sobre os anões do leste, e as família de Thurambar e Mormegil se negaram a reinar, se contentando com a regência.
Mas o tesouro e riqueza dos anões do leste fora profanado pelos tesouros amaldiçoados de Gorthmog, e a cada ano o reino Leste decaiu. E tristeza residia no semblante daqueles anões. E se não fosse pelo rei Gorthol, irmão mais novo de Thúrin e novo rei dos anões do norte, herdeiro de Izenkar, os anões do leste teriam sucumbido à miséria e se perdido nos anos.
Os Dranorianos, temendo o mal que se levantou nas montanhas, mandaram que lacrassem os seus salões sagrados de Gaurgrod e dobrassem a vigília. E assim, muitas cidades dos anãos lestes caíram em desgraça devido ao pouco tráfego de mercadorias. Outras sobreviveram e se manterão de pé, negociando e mantendo comércio naquela região, mas o reino do Leste caiu.
É dito que Gorthol antes de morrer foi até os vales das Thangorodrim para prestar sua ultima homenagem para seu amado irmão. Mas a ele apareceu um espírito poderoso, alto, e de longos cabelos e barbas, e sua voz era a de Thúrin. E o espírito falou que num futuro distante, um dos filhos da casa de Izenkar retornaria ao mundo em outra forma, e repararia os erros de Thúrin o Imprudente, e chamaria seu povo, e o poderoso reino do Leste renasceria das cinzas e grandes feitos fariam em uma terrível guerra que viria com o findar do domínio dos homens.
E esta profecia foi talhada na antiga Mansão de Thúrin, aonde muitos de seu povo vão prestar homenagens e visitar a antiga casa do Maior de todos os Reis Anões. E o povo do Leste aguarda por este momento, quando seu tempo de vergonha ira terminar e novamente serão uma nação Anã como foram um dia.
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