No extremo norte se ergueu Dranor, o poderoso reino dos Wikinings, os homens navegantes que desceram do norte, vindo de continentes perdidos no grande mar de sangue após a guerra contra os demônios que definiu o fim da primeira era do mundo. Lá, antes da chegada dos Homens, haviam anões que reinavam sobre as montanhas no Norte.
Os Anões do Norte acreditavam que esses homens eram parentes antigos, perdidos nas eras passadas, devido a sua aparência robusta e suas barbas, apesar de serem belos e altos, muito se pareciam com os anões. E vincularam seu comercio ao dos Homens de Dranor, dependendo de seus produtos e fabricando suas armas, essa troca rendia muita riqueza para ambos os reinos. E todo o continente voltava seu comercio para aquela região, rendendo lucro para os anões e para os homens.
Mas, com o passar das gerações de reis, algumas famílias anãs se angustiaram e se incomodavam com a dependência que eles tinham de Dranor. E com o passar da Guerra dos Cem anos, o reino ficou ainda mais agitado com os murmúrios daqueles que queriam por tudo se desvincular do Reino dos Homens.
Ora, o Rei anão desses tempos era Izenkar- e tinha cinco filhos, Thúrin, Mormegil, Thurambar, e os mais novos, Neithar e Gorthol. E os três mais velhos eram os lideres dessa revolta entre os Anões do Norte, e queriam sair daquelas terras, levar seu povo para longe da sombra dranoriana. Pois para eles aquela aliança era a Ruína dos Anões.
Porém, Izenkar era grande amigo dos reis humanos, e na primeira década do Dominio Dranoriano sobre o continente os anões enriqueceram ainda mais as suas casas. O Rei acreditava que ainda lucrariam mais se continuassem vinculados a Dranor, e maior parte de seu povo compartilhava esse pensamento.O Rei não concordou com seus filhos e mandou se aquietarem quanto a essas ideias.
Mas Thúrin não podia mais manter-se naquele reino subjugado, pois os anões são teimosos e orgulhosos, se seu pai não lhe desse a liberdade que queria, ele lideraria os que o apoiassem para longe daquelas terras e expandiria os reinos de Izenkar com glória e independência.
Thúrin e seus irmãos viajando |
Izenkar, apesar de temeroso, apoiou seu filho e deu a ele liberdade para seguir como queria. E o príncipe anão e seus dois irmãos, Mormegil e Thurambar, lideraram uma grande marcha para Montanhas do Leste. E com eles vieram grandes engenheiros e trabalhadores. E os outros reinos anões enviaram auxilio, com grandes mestres de obras.
Assim, nos primeiros quinze anos do império Dranoriano, iniciou a construção das três grandes cidades anãs do Reino Leste. A grande maestria e habilidade anã em suas poderosas construção sob as montanhas era conhecido por todo o continente, e seu trabalho era rápido e glorioso. E após sete anos as cidades estavam prontas para serem habitadas. E depois dos novos moradores para lá se mudarem, acabamentos e outros afazeres continuaram por mais três anos.
E famílias de todos os reinos Anões se mudaram para lá, um grande comercio se ergueu na floresta entre seus moradores e os reinos anões Oeste e Sul. E com os anos mais quatro cidades foram construídas nas montanhas. E por cem anos durou esse reino, e nenhum dos outros reis anões se comparavam a Thúrin e seus irmãos em poder.
O reino era governado pelas três casas de Izenkar, mas Thúrin era o Rei supremo de todo o reino Leste.
Ora, o continente estava sob o domínio dos Dranorianos que em troca de pequenas taxas de impostos nada fizeram quanto ao reino Anão Leste, dando a eles a liberdade que eles queriam devido também à amizade e aliança que tinham com Izenkar. Mas entre os povos havia boatos sobre um acordo feito entre esses reinos, que se concretizou com uma grande e rica construção, que se realizou pelas mãos anãs e Dranorianas,o Templo Gaurgrod.
Nenhum comentário:
Postar um comentário