Há muito, em tempos próximos a queda do Reino dos Magos, Homens Fortes se aventuraram nas terras frias no extremo norte de Dagor, e lá se instalaram, pois uma grande nevasca se abateu sobre eles e ficaram presos. Muitas famílias tinham ali, de um povo que poucos conhecem sua origem, dizem que eram navegantes de terras fora do Continente e durante a Era dos Magos chegaram a Dagorcain e viveram em ilhas ao Sul, mas lá empobreceram e se lançaram ao Mar rumo ao Norte.
Eles ficaram conhecidos como Wikinings, que em uma língua antiga significava Marinheiros Perdidos. Mas eles não eram homens comuns, eram um povo antigo, famílias de homens que sobreviveram aos combates na guerra contra os Demônios e heróis de histórias épicas. E muitos deles viram a olho nu os próprios deuses lutarem contras as forças demoníacas. E diziam que aquela batalha fez com que seus capitães transcendessem a humanidade, mas ali muitos morreram ou se uniram aos deuses. E os poucos sobreviventes seguiram em uma vida Errante e Perpétua com suas famílias, em busca de continentes ainda sustentáveis.
Entre eles um nome se tornou imortal, Dranor, o grande. Os Homens do Norte diziam que ele foi um general entre os Feéricos, das esquecidas guerras contra os Demônios e perdeu quase toda sua família, restando apenas dois de seus filhos. Seu continente foi arrasado na Guerra e reunindo o que restou dos Homens, viajaram pelo mar de Sangue até Dagorcain, e apenas doze famílias vieram com ele, todas de soldados que o servira.
Muitas lutas enfrentaram nas terras geladas do norte, muitos males também alcançaram o Continente fugindo da fúria dos deuses, mas nenhuma eles perderam. Seus Homens eram altos e robustos, não tinham a aparência grosseira e feia dos Anões, mas se assemelhavam em porte e em suas barbas. E vieram a eles Anões que viviam no Norte e fizeram aliança, e por um tempo essas famílias viveram em casas Anãs. Trabalharam, e à custa de seu suor começaram a construção de sua própria cidade.
E assim, uma nova cidade chamada Anar se ergueu sobre o gelo. E mais ao sul dali, existiam clãs de elfos e homens que se mudaram para as proximidades da cidade, lá se fixaram e Dranor foi declarado rei sobre aquelas terras. E mesmo os Anões, que se apegaram aqueles homens que mais pareciam anões espichados, também reconheceram Dranor como rei e aliado pois grande amizade nasceu entre Dranor e o Rei dos Anões do Norte.
Os Homens de Dranor voltaram a construir seus barcos e, com a ajuda dos anões, refinaram sua arte e passaram a navegar com navios fortes sobre as águas geladas. E lá praticaram a caça de animais marinhos, acreditasse que era uma pratica comum para eles em suas antigas terras. Desses animais aprenderam a extrair óleos e outras iguarias, que foram usadas para criação de lamparinas, forjas, trabalhos com metais, práticas arcanas, e muitas outras utilidades ela tinha.
O comercio entre os Reinos sob a ordem dos Magos se virou para aquela cidade, trabalhadores para lá se mudaram e novos povoados se instalaram naquela região. Os próprios Anões se beneficiaram com aquelas iguarias, e com pedras preciosas pagaram os homens.
De uma pequena cidade um forte estado se formou. E Dranor enriqueceu, teve esposa e filhos, e os povos se misturaram com as Famílias de Dranor. Mas o sangue daqueles homens e mulheres era superior e uma chama de poder vinha deles, e mesmo o sangue feérico era subjugado, até os meio elfos nasciam com poucas características feéricas, mesmo as orelhas pontudas lhe eram privadas, raríssimos casos foram diferentes.
Este sangue não enfraquecia com o tempo, mas se tornava cada vez mais superior. E os magos viram magia sobre aqueles homens, acreditaram que seu sangue foi abençoado pelos deuses.
Mas uma grande guerra alcançou o rei de Dranor. Orcs, milhares que se multiplicaram nas montanhas da floresta junto com Goblins e seus primos, tentaram invadir as terras do norte. Os Homens estavam em desvantagem numérica e muito sangue foi derramado ali. Se não fosse pela força dos anões, aquele povo teria caído.
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Rei Dranor |
Essa região é hoje chamada de Dranor, que depois das guerras bestiais, voltou a ser exatamente como o Rei Dranor originalmente a conquistou. Dranor reinou por cem anos e seu exercito se tornou inigualável. Seus homens tinham a destreza e habilidade comparadas com a dos Feéricos, e eram resistes e fortes como os Anões. A linhagem de Dranor até hoje está entre os Reis e Governantes Dranorianos.
Os anões firmaram uma amizade e aliança eterna com os Dranorianos que muito aprenderam com os mestres Anões, mas já eram grandes armadores e construtores, suas embarcações eram usadas em todo o continente, pois eles deram inicio a esse costume e receberam muito ouro em troca de seus barcos, mas nenhuma outra raça os conduziu com a maestria dos Marinheiros Dranorianos.
Mesmo dentro de sua política militar os Dranorianos tinham cidades ricas e belas. Pois a construção era uma de suas especialidades, muitas culturas ali se misturaram trazendo maior variedade arquitetônica. Muitas estradas foram construíram entre as cidades e os feéricos que para lá viajaram deram aos homens lamparinas que não apagavam, eram como cristais que tinham luz própria que foram colocados nas cidades e nas estradas.
E muito altas são as Torres e muralhas dos Dranorianos, sobre as bases das montanhas anãs eram construídas barreiras e casas de vigia. Seus muros iam tão alto que se diziam ser alcançadas apenas pelo voo da águia. E as cidades também eram assim, enormes e altas, os Dranorianos amavam os céus. A cidades eram cheias e seus exércitos eram vastos.
Muito belo foi o Reino de Dranor, que morreu velho quando finalmente a idade o alcançou, a velhice de Dranor e seus descendentes são diferentes dos demais tipos de humanos, pois apesar de grisalhos se mantém fortes e de bom animo até o fim atingindo idades avançadas, para lá dos trezentos anos de idade. E assim sempre será no grande Reino de Dranor.
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